É muito fácil ficarmos parados de onde estamos reclamando, como se a culpa de sermos quem somos e de estarmos onde estamos fosse dos outros.
Quando nos damos conta dessa muleta, utilizada pela grande maioria das pessoas, despertamos para o fato de que qualquer mudança depende exclusivamente de nosso próprio movimento.
O grande X da questão é que muitas vezes quando resolvemos mudar não sabemos exatamente o que fazer da vida por consequência não conseguimos descobrir o que queremos finalmente fazer da vida.
Então se você está nesse lugar de indecisão e incertezas, chega junto para colocarmos uma lupa nessa confusão. Já vou avisando que podem rolar vários insights durante a leitura, então já abre seu bloco de notas para anotá-los e não deixar nada escapar.

Neste post:
Ó vida, Ó céus, Ó azar
Quem nunca se sentiu vítima do destino que atire a primeira pedra!
Pois é querido leitor, por aqui muitas e muitas vezes a desculpa foi o outro, o sistema, Deus, a vida, o karma etc. Mas calma lá, porque não quero que você me entenda mal!
Se você está pensando que defendemos a ideia de que tudo que acontece na sua vida é por única e exclusiva intervenção humana, quero dizer que você está tremendamente enganado.
E isso porque eu já tive inúmeras provas reais de milagres completamente fora do meu alcance e que mudaram para sempre minha vida. Sabe aqueles acontecimentos que abalam sua racionalidade e te forçam a se dobrar ao poder do invisível? Pois é! Nesse nível.
O que eu estou querendo dizer aqui quando culpamos os outros pela nossa realidade é que muitas vezes nos deixamos levar pelas oportunidades da vida (que devem ser bem aproveitadas, diga-se de passagem), mas acabamos nos perdendo no caminho e indo para lugares que não nos atendem no nosso íntimo.
Então ficamos com aquela sensação de que se estamos em tal situação é porque o destino assim o quis e nada nos resta a não ser aceitar e reclamar.
Recebendo o chamado interior para mudar o que quer fazer da vida
Até que em um determinado dia você se cansa de reclamar, resolve levantar as mangas e mover os pauzinhos para reverter o jogo ao seu favor e se apropriar realmente o que quer fazer da vida.
De repente, você é invadido por uma energia que ativa o seu querer e de repente você quer, quer mudar tudo, quer fazer acontecer do dia para a noite e sente lá no seu íntimo que tal mudança é possível e estava te esperando para acontecer.
Então uma vez que seu pensar e seu sentir foram ativados, você se volta para o seu agir, que é onde se materializa o que antes foi pensado e sentido, mas esbarra na seguinte questão: para onde eu quero ir? E é muito dolorido escutar o eco vindo lá de dentro e ressoando um: não sei, sei, sei , ei , ei.
Toc toc toc! Quem é? Sou eu, a ansiedade!
A verdade nua e crua é que você simplesmente não contava com a situação de não saber o que realmente você quer fazer da vida. Você sabia que estava infeliz ou insatisfeito com o que tinha, mas quando se depara com o menu de possibilidades da vida fica completamente perdido com a quantidade de opções e se assusta em ter de escolhê-las.
Como fomos a vida inteira doutrinados para seguir o fluxo sem muito pensar (esse aqui será assunto para um outro dia), que é o que acontece com a maioria de nós, ficamos completamente perdidos quando nos vemos com infinitas possibilidades na mão e o poder de escolher qual delas queremos agarrar.
Então para aumentar ainda mais a pressão, definimos que não queremos mais errar na escolha sobre o que fazer da vida, afinal de contas, nos ensinaram que precisamos acertar desde que nascemos, certo? E que o erro é um atraso na nossa evolução.
Nem preciso dizer que mediante esse quadro de indecisão e pressão a ansiedade chega chegando, feliz da vida com essa caminho cheio de sentimentos e dúvidas borbulhantes.
E agora o que fazer da vida? Pra onde eu vou?
A primeira coisa a se fazer ao se encontrar nessa situação tensa é respirar, levantar e dar uma volta. Sabe aquele expressão que diz “esfriar a cabeça”? É mais ou menos isso que precisamos fazer. Só não vale levantar, sair andando e continuar remoendo a dúvida. A ideia aqui é realmente quebrar o fluxo e ir fazer outra coisa pelo tempo que for necessário para que a calma vá retornando aos poucos.
A segunda coisa a se fazer numa situação de angustia como a narrada acima é ter em mente que você não precisa decidir sobre o que fazer da vida nos próximos minutos. É preciso aceitar que esse tipo de processo pode levar alguns dias, meses e até anos, pois o caminho a ser percorrido pode ser tortuosos e cheio de quebras de paradigmas.
E a terceira coisa a se fazer numa situação dessas é ter fé de que tudo vai dar certo, afinal de contas, se algo no seu íntimo te chamou para essa ação, é porque ela precisa acontecer e o universo vai conspirar para que você chegue onde precisa ir.
Logo, nessa etapa do processo, quando a ansiedade bate a porta é preciso deixar a racionalidade de lado e entender que há muitas coisas invisíveis acontecendo ao nosso redor e que essas coisas/energias/graças/destino/ondas de probabilidades etc vão contribuir para chegarmos onde queremos chegar, desde que não atropelemos o fluxo da movimentação do universo com a nossa pressa de ter tudo para ontem.
Caminho rumo ao autoconhecimento
Entendido essa etapa de entrega, é preciso dar início à sua busca pessoal.
É importante saber que essa entrega, que nada mais é do que afinar suas expectativas com o ritmo do universo, não te isenta de investir tempo no próprio estudo, ou seja, mergulhar numa profunda avaliação pessoal para descobrir o que de fato te faz sentido.
Essa pesquisa pode ser de cunho racional, espiritual, filosófico, enfim, o que lhe fizer sentido, desde que o objetivo maior seja escutar ou desmudar a voz que ressoa no seu íntimo desde o início, indicando o melhor caminho a seguir.
Não se iluda de achar que esse caminho será fácil, porque não será, mas te garanto que vale muito a pena.
Tem uma pedra (ou várias) no meio do caminho
E para que você tenha uma ideia de onde está se enfiando, quero te contar alguns entraves que podem aparecer no meio do caminho que te leva ao que quer fazer da vida e eles que vão exigir de você muita coragem, determinação e perseverança para serem superados.
Ego
Eu diria que esse talvez seja um dos maiores desafios que você vai enfrentar, pois será uma luta contra você mesmo. Logo de cara, quando surgirem as primeiras ideias sobre o que você gostaria de fazer da vida o seu ego vai boicotar dizendo repetidamente na sua mente que você não conseguirá , que não é capaz, que é muito difícil etc.
Não vou dizer que não dá vontade de pegá-lo, colocar num saco e jogar fora, mas a verdade é que você terá de aprender a dominá-lo para seguir em frente com foco e determinação.
Paradigmas
Sabe todas aquelas crenças que você tem e que ao invés de te ajudar a evoluir te atrapalham? É quase como se o objetivo delas fossem te manter quietinho onde está, sem grandes rebeldias.
Como assim crenças que atrapalham? É quando algo em que acredita joga contra você, evitando ou limitando o seu crescimento de alguma forma. Essas crenças foram todas adquiridas ao longo da vida através de experiências e/ou ensinamentos e tem um peso enorme em nossas ações e decisões.
Então para traçar um novo rumo em direção ao que você realmente quer fazer da vida, precisará quebrar muitos paradigmas.
Personalidade
Se você for uma pessoa muito afoita ou muito calma, que gosta de resolver tudo sozinha ou que espera que os outros te ajudem e/ou façam para você, por exemplo, isso pode te trazer alguns obstáculos.
Portanto, será preciso nesses casos uma força interior forte para controlar esses impulsos e adequá-los ao ritmo do universo com o intuito de não atropelar os acontecimentos e nem procrastinar os movimentos necessários a serem feitos.
Você é mais forte do que imagina
Se você chegou até aqui caro leitor, já percebeu que talvez o fato de você nunca ter corrido atrás do que realmente gostaria de fazer da vida é que esse objetivo exige um esforço parrudo, que é possível para todos, mas que é encarado por poucos.
Não vou dizer que é fácil, pois pode ser uma caminhada complexa, desafiadora e assustadora, e é preciso estar preparado para percorre-la.
Então tenha em mente de forma muito clara que você é capaz de tal façanha, no entanto será necessário que se assuma como prioridade da sua vida, mantendo a auto motivação e coragem até o fim.
Conclusão
Aceitar o chamado interior de seguir algo que faz sentido para nós e nos traz satisfação pessoal, ou seja, que realmente tenha relação com o que se quer fazer da vida, pode acarretar no dilema de justamente não conseguir identificar esse algo.
Essa situação é muito comum num mundo onde fomos treinados desde muito cedo a simplesmente seguir o fluxo, fazendo escolhas limitadas e nos guiando por crenças alheias.
Então descobrir o que realmente se gosta de fazer da vida pode ser um caminho desafiador, onde será necessário paciência, perseverança e coragem.
Essa empreitada se trata de um combate com você mesmo, onde forças internas terão de ser domadas e forças externas bloqueadas para que haja a possibilidade de se chegar até a sua essência e descobrir o que realmente lhe faz sentido.
A parte boa desse desafio é que a partir do momento que seguimos esse chamado, as chances de estarmos na direção certa são enormes, pois a nossa energia estará totalmente alinhada com o universo através da nossa frequência que será muito mais positiva.
Resta saber agora se você está disposto a encarar essa vereda e descobrir o seu pote de ouro no fim do do arco íris. 😉